domingo, 17 de julho de 2011

Será que os EUA darão calote?

Por Odelmo Diogo - Blog TRADE-OFF

A elevação do teto de endividamento da economia americana foi o principal tema citado no noticiário econômico da última semana. A desgastante negociação que Barack Obama trava com o Partido Republicano deixa transparecer a magnitude do problema e os riscos de uma possível quebra da maior economia do Planeta.

O déficit americano previsto para 2011 gira em torno de US$ 1,6 trilhões e para cobrir esse buraco o governo do Tio Sam precisa escolher entre aumentar receitas, cortar despesas ou fazer as duas coisas de forma combinada.

O problema que tira o sono do governo dos EUA é o limite de endividamento fixado em US$ 14,29 trilhões e que corre sérios riscos de ser ultrapassado no próximo dia 02 de agosto. Buscando apagar o incêndio, Barack Obama tem gastado bastante energia na negociação com o Congresso tentando costurar um acordo com o Partido Republicano que contemple a aprovação da elevação do teto da dívida por parte do legislativo.

Caso a elevação do teto de endividamento não seja aprovada pelo Congresso Americano, os EUA poderão deixar de honrar compromissos financeiros a partir do próximo dia 02.

As dificuldades na negociação da aprovação da elevação do teto da dívida são decorrentes de propostas diferentes defendidas pelos partidos Republicano e Democrata. O primeiro é favorável a um significativo corte de gastos e não aceita o aumento dos impostos. Já o Partido Democrata do Presidente Obama defende a redução das despesas e um aumento de receitas no valor aproximado de US$ 4 trilhões nos próximos 10 anos.

É importante destacar que o impasse entre Republicanos e Democratas não é apenas uma mera disputa entre partidos. A negociação entre os referidos partidos, sobre a elevação do teto de endividamento daquele país, é mais uma das inúmeras discussões que giram em torno do tamanho ideal do Estado e que, assim como na Crise de 29, será fator determinante na condução do atual quadro de crise. Caso Barack Obama não consiga elevar o teto da dívida, a economia americana que já enfrenta sérios problemas, enfrentará dias mais difíceis com aumento do desemprego e corte de programas sociais bancados pelo governo. Até títulos do tesouro americano correriam risco de não serem honrados no vencimento.


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