segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Investimento em educação é um ótimo negócio

Matéria publicada originalmente em http://www.previ.com.br/

Faz parte da rotina de muitos casais discutir sobre quando ter filhos. Algumas pessoas os planejam e levam à risca. Outras não seguem ao pé da letra o que foi pensado. Mas o fato é que os filhos chegarão para a maioria dos casais e que além de realizações e alegrias haverá novos gastos no orçamento familiar. Para não deixar questões financeiras se tornarem um problema ou prejudicar a educação da prole, a palavra de ordem é planejar.

Do momento do nascimento até completar o ciclo de estudos, um filho despenderá de um montante considerável. Leonardo Assunção de Melo, professor de administração e finanças pessoais da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), alerta que somente para gastos com o nível superior - considerando uma média de R$ 1 mil de mensalidade - serão investidos algo próximo a R$ 60 mil.

Nível educacional
Na pesquisa Você no mercado de trabalho, do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas, com coordenação de Marcelo Neri, foi verificado que a hierarquia dos níveis educacionais se espelha no ranking trabalhista. Pessoas com as mesmas características sócio-demográficas – sexo, idade, raça, geografia – sofreram comparações e foi constado que os universitários possuem salários 544% maior que o dos analfabetos. A chance de ocupação também é superior chegando o 422%.

Por tudo isso, é preciso se preparar financeiramente para o futuro. "O recomendável é que os pais comecem a poupar antes mesmo do nascimento dos filhos", afirma Melo. Segundo o especialista não existe uma conta mágica ou valor ideal para se poupar mensalmente. O que existe são tentativas de programação dentro de cada realidade.

A sugestão de Melo é que os pais pesquisem quanto custa, por exemplo, a creche que gostariam que o filho estudasse. Se ela custa R$ 700 por mês, já sabem que gastarão necessariamente R$ 8.400 ao ano. A fórmula simples se aplica para calcular gastos escolares e universitários.

Onde investir?
O professor da Ibmec, Leopoldo Grajeda, afirma que é preciso que os pais tenham ideia do que querem oferecer aos filhos como opção de estudo para terem noção dos gastos. "Em uma família com dois jovens é difícil sobrar dinheiro, mas organizar é possível", orienta.

Depois de realizado o orçamento familiar, tão recomendando pelos especialistas, e ter feito o planejamento, a família precisa decidir onde investir o dinheiro e garantir o futuro das crianças.

O professor Grajeda recomenda, por exemplo, a compra de título públicos, que são ativos de renda fixa. Os títulos são emitidos pelo governo federal. Segundo Grajeda, o Tesouro Direto, por exemplo, pode ser uma ótima opção em termos de rentabilidade, segurança e liquidez.

Melo também é favor do Tesouro Direto. "A taxa administrativa é praticamente zero. Fora isso, mesmo para quem é leigo, é fácil administrar o investimento", afirma o professor da Uerj.

Para Leopoldo Grajeda, o Certificado de Depósito Bancário (CDB), também é uma opção interessante. O CDB funciona da seguinte maneira: o cliente empresta dinheiro a um banco que emite o título e, passado um período estipulado no ato da negociação, recebe o dinheiro de volta com correção de juros. Os riscos são baixos e não há cobrança de taxas.

Mas se os pais têm receio em relação à capacidade de administração do dinheiro nessas modalidades, a poupança vale como primeiro passo. "Dei consultoria para uma família cuja renda total era de R$ 3 mil. Feito o orçamento verificou-se que era possível investir R$ 500. No entanto, o casal não tinha conhecimentos básicos de investimento, estava inseguro e não queria arriscar, então, recomendei a poupança", conta o professor de administração e finanças pessoais da Uerj. Ele ainda ressalta que o mais importante é criar o hábito e depois, aos poucos, ousar mais.

Outro casal com renda familiar de R$ 10 mil e gasto fixo de R$ 4 mil, porém com conhecimento de finanças, resolveu ousar. "Como o filho ainda está sendo planejado, o casal foi para o mercado de ações, que tem maior rentabilidade como também mais riscos e, quando o filho chegar, aplicarão o dinheiro no Tesouro visando segurança", relata Melo.

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