quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Alemães estão animados com perspectivas de investimentos no Brasil

Chico Santos
Valor Econômico
http://www.valor.com.br/

RIO - Se no terreno europeu a Alemanha sofre com o quebra-cabeças de garantir a sobrevivência da Zona do Euro, do lado de cá do Atlântico os investidores alemães estão eufóricos com as perspectivas de investimentos, especialmente no Rio de Janeiro, geradas pela exploração de petróleo no pré-sal, pela Copa do Mundo de 2014 e pelos Jogos Olímpicos de 2016.

O 29º Encontro Econômico Brasil-Alemanha (EEBA), marcado para os dias 19 e 20 (segunda e terça-feira da próxima semana) deverá reunir 15 delegações empresariais alemãs, praticamente o dobro das oito que participaram do encontro no ano passado.

Hoje à tarde, o número de participantes previsto já alcançava 2.200, ultrapassando a previsão inicial de 2.000 feita pelos organizadores. Um dos participantes será o escritório de arquitetura alemão GMP, especializado em projetos urbanos e de arenas multiuso.

Com nove escritórios espalhados pelo mundo, a empresa chegou ao Brasil há três anos, de olho na construção dos estádios para a Copa de 2014, tendo participado dos projetos das arenas de Manaus, Brasília e da reforma do Mineirão. Foi também responsável pelo projeto da reforma do Morumbi, estádio que inicialmente iria sediar o jogo de abertura da Copa.

Segundo Ralf Amann, diretor do escritório, a GMP, que tem no seu portfólio o projeto de uma cidade inteira para 800 mil habitantes na China, está tratando de ampliar seu leque de opções e garantir a permanência do mercado, já tendo desenvolvido o conceito para um centro de exposições em São Paulo e o projeto pré-básico para o novo aeroporto de Natal. As obras para os Jogos Olímpicos de 2016, incluindo hotéis, estão também no foco do escritório alemão.

A EEBA é organizada pela Federação das Indústrias Alemãs (BDI, na sigla em alemão), pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e pela Câmara Brasil-Alemanha.

O evento será no Pier Mauá, região portuária do Rio, e discutirá temas como logística, inovação, mobilidade urbana, infraestrutura, saúde e perspectivas para o comércio Brasil-Alemanha.

A corrente de comércio Brasil-Alemanha saltou de US$ 6,95 bilhões em 2000 para US$ 20,69 bilhões em 2010. O Brasil foi deficitário em US$ 4,41 bilhões. A Alemanha foi no ano passado o quinto maior comprador de produtos brasileiros e a Alemanha foi o quarto maior fornecedor das importações brasileiras.

Os principais produtos exportados pelo Brasil são minério de ferro e café em grãos. Da Alemanha para o Brasil as maiores vendas em 2010 foram de automóveis, cloreto de potássio e partes e acessórios para veículos.

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